SISEMP QUER RETORNO DE RECURSOS INVESTIDOS IRREGULARMENTE PELO PREVIPALMAS

20/03/2018 19/06/2018 19:48 1413 visualizações

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp) quer que os recursos investidos pelo Instituto de Previdência Municipal de Palmas (Previpalmas), nos fundos de investimentos Tercon e Icla Trust retornem aos cofres do Instituto, uma vez que relatório apresentado, na manhã desta terça-feira, 20, pela comissão que analisou a forma como foram realizados os investimentos, demonstrou que foram praticados diversas irregularidades para a efetivação das aplicações.

A apresentação do relatório foi acompanhada pelo presidente do Sisemp, Heguel Albuquerque, pelo tesoureiro, Arlan Alves, e a diretora, Laura dos Anjos. Na ocasião foram apresentados o novo presidente, Marcelo Alves, e o diretor de investimentos, Kauwe Ueda.

Apresentado pelo servidor, Wilanildo de Almeida Pinheiro, o relatório da Comissão demonstrou que os investimentos na Icla Trust e no Tercon, desde o início, descumpriram uma série de regras legais para aplicações do tipo. Dentre elas a não apresentação de certidões e documentos exigidos no âmbito do credenciamento, além do desrespeito à política de investimento vigente.

“Quanto à documentação, não levaram em conta certidões e documentos exigidos, que não foram apresentadas no ato do credenciamento. Já em relação às política de investimento, ela é taxativa ao dizer que no caso de fundo de renda variável, o permitido é 0%, ou seja, não poderia ocorrer de jeito nenhum sem passar pelo Conselho, e não passou”, explicou Pinheiro. Tais irregularidades podem respaldar a solicitação de retirada dos recursos aplicados.

Para o presidente do Sisemp o relatório reforça vários pontos já ressaltados em denúncias feitas pelo Sindicato aos órgãos competentes e vai validar ainda mais o pedidos de investigação feita pelo Sindicato. “ Nós iremos encaminhar esse relatório da comissão para os órgãos que realizamos as denúncias. Falhas, que infringiram uma série de regimentos demonstram que houve má-fé de quem executou, desta forma, devem ser apurados todos os responsáveis e que respondam juridicamente, para que isso não ocorra novamente” disse Albuquerque.

O presidente ressaltou também que o ocorrido demonstrou a fragilidade pela qual se encontra o Previpalmas, principalmente em razão da falta de autonomia do Instituto em relação à gestão municipal. “Precisamos zelar pelo Previpalmas, cobrando a elaboração do Plano de Carreira, realização do Concurso Público e a indicação para a presidência de um servidor de carreira, garantindo um Instituto mais independente”, frisou Albuquerque.